quarta-feira, 29 de agosto de 2007

Aujourd'hui.





Seria um relato. Se fosse possível.
Tarde cheia de luz que nos invade. Eu te invado. Conto segredos com muda língua e te sinto inteira.
Mando Lacan à lua e Freud ao espaço. Já nenhuma teoria nos serve como parâmetro, hora de admitir o caráter extraordinário dessa explosão.
Porque cada detalhe teu me interessa. A tua totalidade ou o teu ínfimo carregam gotas do meu desejo.
Gosto de te ver vindo, sorrindo ao longe, apressando os passos e encurtando todas as distancias.
Incendiária Morena Flor... Quisera eu poder fazer o tempo parar por mais alguns instantes...
A fumaça do meu cigarro se perde pelo ar... Sem tua boca para receber a fumaça, os meus absurdos, os beijos que seriam flagrados...
Fica a escova de cabelo jogada displicente na mesinha. Um olhar-riso-leve é involuntariamente lançado em direção aos seus vestígios.
Perfume que os lençóis abraçaram... O meu abraço incompleto sem o teu..
São tantas as palavras e ironicamente nenhuma que caiba todo esse sentir.

5 comentários:

Thaís disse...

Saudade é um nome muito bonito pra significado tão triste, poderia ser qualquer outra palavra do mundo, menos saudade.
Melhor não saber da essencia da saudade.

Adoro me perder nas sua palavras, devanear em labirintos secretos...

Carol disse...

Continuo vindo aqui.
e deleitando-me nas suas palavras tão bem escritas.

saudades.

Thais Navarro disse...

ahhh o cigarro, maldito, bendito e culpado.
e vc está cada vez melhor, em tudo.

Guegueu Schade disse...

interessante.. feito outros posts antigos..

Naomi Conte disse...

ah essas palavras malditas que não nos traduzem.... :-)