sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Éprouver.




Na cama, Anaïs, Henry, June e Eu.
Brainstorming absoluto. Fluxo de consciência enlouquecedor.
Fecho o livro.

Ela atravessa a cidade. Há paixão nas palavras e nos olhos dela.
Vinho vermelho que me cala. À cada colchete que se abre do espartilho ,um punhado de sentimentos intensos, perfurantes.
Lírica a sua nudez. Pornográfica a violência do amor que sinto.
Pede cigarros. Nego. Cedo - sempre. Perco-me nas fumaças.
Não durmo. Ela dorme. Olho sôfrega as formas que me comovem.
As manhãs seguintes são sempre mais claras.

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Já agora te sigo a toda parte,
e te desejo e te perco, estou completo,
me destino, me faço tão sublime,
tão natural e cheio de segredos,
tão firme, tão fiel... Tal uma lâmina,
o povo, meu poema, te atravessa.


Drummond.