O cheiro do cigarro, daquele que não ousava levar até a boca por motivos óbvios, entranhado na pele dela, destoava do perfume costumeiro - infantil - como as atitudes de ambas recontadas num tom de comédia B. Compartilhavam a mesma nostalgia inata e persistente de uma época não vivida. E toda ficção criada por uma pra despertar os olhares atentos e curiosos da outra, toda pompa no discurso vago [porém bem entoado] a fim de. Mutáveis. Mas nem tanto. Os dias não mexem nas coisas mais fundamentais, a essência que faz eclodir “coisas estranhas”. A percepção relativa dos fatos, seqüências incorretas. As agendas passadas, os planos opostos, a serenidade que se deu. O familiar estranhamento. O cênico, o cínico... Revanchismo (?) O ritmo daquele filme. As reticências.
quinta-feira, 24 de maio de 2007
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3 comentários:
Obrigada pelas boas vindas ^^, fiquei contente com seu comentario.
Teu texto é pra lá de ótimo, doce e duro,possui essência. ;)
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